02/02/2018 - Embarque de carne no Arco Norte, menor dependência do Porto de Santos
A força do rebanho bovino brasileiro no Centro-Norte e a tendência de melhoria da infraestrutura logística na região poderão provocar uma mudança importante de eixo nas exportações brasileiras de carne congelada.
Em Belém e Vila do Conde, no Pará, apenas de 15 em 15 dias chegam navios com capacidade para transportar contêineres refrigerados. Essa baixa frequência gera travas simples como o número reduzido de tomadas, necessárias para manter os contêineres ligados até o embarque. Nesses portos também não há áreas secundárias para o armazenamento de contêineres refrigerados e a mão de obra operacional é escassa.
Mesmo distante dos grandes frigoríficos do Centro Norte, o porto de Santos é a porta de saída para 43% das exportações de carne bovina congelada brasileira. Em seguida, graças aos frigoríficos do Sul, aparecem São Francisco do Sul (SC), com 29%, Paranaguá (PR), com 13%, e Itajaí (SC), com 8%. Por Vila do Conde são escoadas apenas 4%, e por Belém, 1%.
No caso de Mato Grosso, os portos do Arco Norte seriam soluções logísticas mais econômicas para o escoamento de carne bovina para 48 municípios. Unidades nas cidades de Vila Rica, Santa Terezinha e Confresa, por exemplo, poderiam ter redução de custos de até 41%.
Fonte: Valor Econômico adaptado pela IEG FNP