02/02/2018 - Exigências de bem-estar animal, certificações, entre outros, encarecem a produção
Há uma série de fatores que encarecem o frango orgânico, desde o manejo diferenciado até as certificações e análises exigidas pela legislação; mas o grande vilão, segundo a indústria, é o custo dos grãos orgânicos. “O milho e a soja orgânica têm preço 200% mais caro do que o convencional. E como 70% do custo do frango vêm da ração, temos que reajustar o preço de acordo com a oferta de milho. A gente acaba concorrendo com o mercado externo, que disputa essa matéria-prima. Se aumenta o preço lá fora, pagamos mais caro para o grão ficar em casa”, afirma Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin Agropecuária, maior empresa de carne orgânica do país, com sede no município de Ipeúna, em São Paulo.
Essa dificuldade para conseguir milho e soja orgânicos obrigou a Korin a inventar a categoria “frango sustentável”, carro-chefe da empresa, que responde por mais de 70% do faturamento. Basicamente, a diferença está na alimentação. O galináceo sustentável pode se alimentar de grãos transgênicos, o que é proibido na categoria orgânica. Também conhecido como frango AF (antibiotic free), a linha sustentável é igualmente livre de antibióticos, de promotores de crescimento e quimioterápicos, não recebe ração com ingredientes de origem animal e as aves vivem em galpões com menor população por metro quadrado.
Fonte: Gazeta do Povo adaptado pela IEG FNP