11/01/2018 - Márcio Perin, responsável da IEG FNP pela área de Terras da Consultoria, ressalta o aumento do valor
Uma combinação rara entre instabilidade política e redução da taxa básica de juros abriu espaço em 2017 para que os investidores começassem a olhar com mais interesse o mercado de terras, um ativo considerado seguro em épocas de turbulência. Mas o interesse, ainda modesto comparado a tempos áureos do setor, concentrou-se em regiões que já oferecem mais facilidades ao produtor - como acesso à infraestrutura e bons solos.
Foi o que ocorreu nas regiões Sul e Sudeste, onde terras chegaram a ter altas de até 25% em 2017, muito acima do visto no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país - que embora tenham terras mais abundantes e baratas, perdem competitividade devido às distâncias e solos de menor qualidade.
Segundo Marcio Perin, analista da consultoria FNP Informa Economics, os preços das terras do Sul e Sudeste já vinham subindo desde 2015 como reflexo da busca por ativos "seguros" em meio à instabilidade política dos últimos anos, além das boas safras nas regiões. Em 2017, as altas foram mais acentuadas no mercado paulista, após dois anos de elevações mais relevantes no Sul.
Entretanto, o volume de negociações foi inferior ao de 2014 e 2015, quando o mercado estava mais aquecido. Após o marasmo de 2016, investidores se voltaram a ativos ofertados a preços abaixo da média. "Ocorreram muitas negociações em leilões", lembrou Perin.
Fonte: Valor Econômico adaptado pela IEG FNP
Informa Economics IEG | FNP
Rua Bela Cintra, 967, 11º. Andar - CEP: 01415-000 São Paulo/SP - Brasil
Tel.: + 55 11 4504-1414 / 3017-6800 Fax: + 55 11 4504-1411